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Jovem luta para que Sebo continue a existir no interior de SP

Do jornal A CidadeMarcelo Vinícius Campos Amédi, 25 anos, publicou recentemente no Reclame Votuporanga o seu pedido de ajuda para que o Sebo continue na cidade. “Venho pedir humildemente aos leitores e não leitores a ajuda de poder manter o Sebo aqui em Votuporanga. Estamos prestes a não mais permanecermos ativo. Um sonho de quase 3 anos está prestes a deixar de existir, pois Votuporanga não tem um público ativo a cultura de livros, infelizmente. Mas somos teimosos, queremos ver esta cultura aqui em Votuporanga, pois o Sebo foi criado para isso. como vocês poderiam nos ajudar: na doação, nas trocas e compras dos nossos produtos (livros, vinil, gibis, hq, gibi, revistas entre outros). Agradeço a ajuda de todos desde já. Rumo à cultura literária”, escreveu.  

História. O jovem mantém há três anos o Sebo, espaço destinado para a doação, troca ou compra de livros, DVD’s e LP’s antigos ou recém-lançados e que podem ser adquiridos a um preço popular. Tudo começou em uma casa na rua Piauí. “Sentia que em Votuporanga não existia um espaço destinado para a venda de livros a preços populares. Como alguns amigos de São Paulo mantinham o projeto, resolvi criar o Sebo, destinado para a compra ou troca deste material”, falou. Os preços variam de R$ 0,50 até coleções de R$ 200, onde em livrarias poderiam ser adquiridas por até R$ 400. Vários autores de obras clássicas já passaram pelo Sebo, como por exemplo, Jorge Amado, Machado de Assis, Fernando Pessoa e Miyamoto Musashi.
FLIV. O projeto esteve presente nas duas últimas sessões do Fliv (Festival Literário de Votuporanga), onde contou com o prestígio da população, mas na opinião de Marcelo, somente no respectivo evento é que as pessoas procuram pelos livros. “Sendo assim, não existe uma demanda que faça o projeto ir para frente, isto porque o Sebo é 100% independente”, frisou.
ApoioEle disse que não chegou a pedir um apoio da Prefeitura para manter o sebo, até porque não vê como o Poder Público poderia ajudar no projeto. Um dia ele conversou com a então secretária de Educação, Cultura e turismo, Eliane Godói, que deixou a pasta neste ano. Na oportunidade, Marcelo disse que gostaria de levar o Sebo até as escolas, estimulando os estudantes à leitura e também na troca e compra de livros. Agora, ele pensa em conversar com a titular da pasta, Silvia Rodolfo, para falar sobre a ideia de transformar o sebo em algo itinerante. “Indicaram eu ter uma Van, para levar o projeto de escola em escola, mas o veículo é caro. Enfim, ideias para não deixar o projeto morrer, nós temos, mas precisamos de apoio”, disse. O Sebo pode acabar por falta de procura. “O Sebo vive de livros e leitores. Se não existir este público, pode terminar. Não quero que este projeto morra, mas a gente fica desanimado pela falta de interesse”, falou.

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